segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A Oficina

Como todos já sabem, está rolando uma oficina teatral com Zeca Ligièro, também estou fazendo parte dessa oficina.
Deveria ter postado um texto referente ao trabalho que estamos fazendo nessa oficina, mas tinham outras pautas pendentes e outras que surgiram durante esse tempo que precisavam ser colocadas nesse espaço com urgência, então a todos minhas sinceras desculpas.
Então vamos ao assunto que tanto nos aflige:
Você que trabalha com teatro ou é louco por formação e novas informações referente ao campo teatral, que faria se alguém chegasse e falasse: O trabalho deve ser sem som e a interpretação será o ator e ele mesmo.
É isso mesmo que estamos tentando assimilar dentro do trabalho com o Zeca, sair de tudo aquilo que nos foi passado, aprendido, concebido, e que repassamos ao longo de nossos trabalhos para os atores de nossos grupos e Cia. Isso não quer dizer que iremos abandonar nossos métodos, sim abriremos nossos campos de trabalhos e pesquisas.
Especificando:
Nós como atores/criadores, estudamos o personagem e damos vida a toda trama, como dizemos e falamos. É tudo pré-planejado: Sabemos a hora de chorar, de gritar, a hora de ser amoroso, sempre no fio da navalha, tensionado, resumindo é tudo pensado.
Nesse trabalho, somos incentivados a esquecer (Pelo menos durante esse trabalho) tudo aquilo que já somos condicionados a fazer. Somos incentivados a buscar um caminho novo, uma nova forma de criar, de se fazer teatro, uma maneira de tentar começar tudo do zero, isso nos causa uma insegurança constante. Afinal tudo que nos é novo nos causa insegurança e um pouco de medo.
Sabemos que isso é uma proposta de trabalho e que ninguém é obrigado a abandonar sua experiência, seus estudos e suas pesquisas para adotar esse método, mas desde já sabemos que estamos adquirindo uma gama possibilidades para realização de nossos trabalhos como atores, diretores, criadores, professores de artes e como homem e si.
Mas que nos mostra uma boa forma de trabalhar o ator e nossas formas de fazer teatro, de interagir com o companheiro, com o público, com o espaço, de interagir com nós mesmos. Isso é um pouco que estamos aprendendo com o Zeca.

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